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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Os planos do Chrome e do Firefox para desbancar o Internet Explorer

Em busca de mais usuários empresariais, Google e Mozilla investem em diferenciais e tomam caminhos - e recursos - distintos para ganhar mercado.

De acordo com os números mais recentes da Net Applications, o Internet Explorer ainda detém 60% do mercado de navegadores web, enquanto o Firefox travou em 23% e o Chrome dobrou sua fatia de mercado desde o ano passado, alcançando 7,5%.

Embora estejam bem distantes do líder, os dois concorrentes de código aberto têm uma penetração de marca desproporcionalmente maior entre os usuários empresariais – e percorrem caminhos distintos para conquistar os corações e as mentes desses profissionais.

Google Chrome: foco na velocidade
Basta uma visita à página de download do Google Chrome para captar a mensagem: o negócio do Chrome é velocidade. “Iniciação rápida”, “carregamento rápido”, e “busca rápida” estão entre as frases publicitárias que buscam convencer os usuários a testar o browser.

Não surpreende que a cultura de engenharia da Google esteja no coração deste foco em “velocidade e carga”.

E essa ênfase começa a render dividendos. De acordo com testes independentes, o Chrome tem reduzido a distância que o separa dos navegadores mais rápidos.

O recente teste de navegadores efetuado pela Computerworld/EUA revelou que o Chrome 6 é de 6% a 17% mais rápido que o Chrome 5. De acordo com os testes, o Chrome é agora apenas um pouco mais lento que o Opera e o Safari, da Apple – menos de 12 milissegundos separam os navegadores.

A Mozilla, por outro lado, tem-se limitado a ficar bem perto ou a alcançar as marcas do Chrome 5 com relação ao desempenho em JavaScript para sua próxima versão do Firefox. Ainda em beta, o Firefox 4 tem desempenho no máximo 20% menor que o Chrome 5 - e, por conseqüência, será mais que 20% mais lento que o Chrome 6.

Mas, como lembra Peter Wainer, da InfoWorld, quando se trata de escolher o browser certo para suas necessidades, para muitas pessoas velocidade não é o único critério.

Mozilla Firefox: plataforma de produtividade
A Mozilla sempre olhou para além da velocidade em sua estratégia de embutir inovações no Firefox. A produtividade do usuário é uma área fundamental. O Tab Candy, um recurso do Mozilla Labs voltado a melhorar a produtividade de trabalhadores do conhecimento e internautas intensivos, é um belo exemplo deste compromisso.

O engenheiro da Mozilla, Aza Raskin, explica o Tab Candy:

“É difícil manter tudo em ordem com dúzias de abas empilhadas em uma pequena faixa no topo da tela do navegador. Aquela aba que foi aberta para encontrar uma pizzaria se confunde com a aba de sua banda favorita. Frequentemente é mais fácil abrir uma nova aba do que tentar encontrar aquela que já foi aberta. Pior: quantos de nós mantemos abas abertas como lembranças de algo que queremos fazer ou ler mais tarde?”

“Aqui entra o Tab Candy.”

“Com um comando, o Tab Candy mostra uma visão geral de todas as abas, o que lhe permitirá localizá-las rapidamente e navegar por elas. O Tab Candy também deixa que você agrupe abas para organizar seu fluxo de trabalho. Você pode criar um grupo para férias, trabalho, receitas, jogos, sites sociais e para qualquer outra categoria que lhe faça sentido. Quando você muda de uma aba agrupada, apenas as abas relevantes são exibidas na barra do topo, o que o ajudará a concentrar seu foco naquilo que realmente quer.”

Não surpreende que o ecossistema do Google Chrome esteja tentando copiar o Tab Candy com o projeto de plug-in de código aberto Tab Sugar. E, embora tanto o Firefox como o Chrome encorajem de forma vibrante o desenvolvimento de plug-ins, o fato de a Google não ter pensado ela mesma em um recurso desse tipo acaba sendo bastante revelador da fixação da empresa por velocidade.

O que promete o futuro?
Embora Google e Mozilla possam diferir em suas estratégias para conquistar o mercado de navegadores, ambas compartilham a visão de que o navegador tende a tomar um papel muito maior na computação.

Por exemplo, a Mozilla anunciou recentemente a divisão Mozilla Labs Gaming, que tem como compromisso “prover a comunidade de desenvolvimento de games com a plataforma e as ferramentas de que precisam para elaborar jogos inovadores na web aberta”.

A força do HTML5 permite aos desenvolvedores criar jogos baseados em navegadores que até então seriam restritos a aplicações nativas de PC ou consoles.

De acordo com o Mashable, a Google também está interessada em fazer com que o browser se torne a plataforma preferencial de games em PCs.

E, como se sabe, a Google chegou ao ponto de criar um sistema operacional cujo centro é o próprio navegador, com um contêiner virtual para execução de aplicações e uma app store para aplicativos HTML5.

Será interessante observar quais áreas receberão investimentos da Mozilla e da Google no futuro, especialmente se levarmos em conta suas intenções comuns de aumentar sua presença no mercado corporativo.

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http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/09/13/os-planos-do-chrome-e-do-firefox-para-desbancar-o-internet-explorer/

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